segunda-feira, 19 de abril de 2010

Meu final de semana ''teatral''.

Esse meu final de semana foi um final de semana diferente. Por diversos fatores, na verdade. Mas tudo começou na sexta feira.

Sexta-feira, como de costume, eu fui estudar com o Davi pro vestibular da Mackenzie, que está chegando, e pelo nossos estudos, nós não sabemos nada. E eu não sei qual é o meu problema, eu deveria estar tipo, desesperada, afinal, todos meus amigos formandos do Ensino Médio estão fazendo alguma coisa; ou faculdade ou cursinho. E eu estou aqui, fazendo absolutamente nada. Mas eu não estou desesperada. A prova da Mack está aí, batendo à minha porta, e eu aqui, lendo livros da Meg Cabot e fazendo teatro.

Falando sobre teatro agora, esse final de semana foi realmente o final de semana teatro da minha vida.

Bom, como alguns já sabem, eu sou cristã, católica apostólica romana, e sobre tudo praticante, afinal, vou à missa todo domingo, e sempre que possivel estou ajudando em alguma coisa na igreja. Trabalhei por anos no encontro de jovens da igreja que eu frequento, e já trabalhei na liturgia da missa também (quem não sabe, liturgia da missa não é o pessoal que faz a leitura durante a missa, é quem prepara a missa, essas coisas todas). Só que, com a minha repentina decisão de fazer teatro no Tal & Pá, eu sabia que teria que abrir mão de trabalhar nos encontros, afinal, eles duram de sexta à domingo. E domingo é dia de teatro pra mim. Claro que, domingo é dia de ir à missa também, mas eu realmente só tenho tempo pra essas duas coisas aos domingos. E bom, eu realmente abri mão do encontro de jovens.

Foi ai que, há umas semanas atrás, eu fui convidada pelo Daniel (que é ministro na minha igreja e faz faculdade com a minha mãe) para fazer parte do teatro do encontro, já que ele ficou sabendo que eu faço teatro. Bom, claro que eu achei a idéia legal e tal, mas eu já ia dizer não, por causa do meu domingo comprometido. Mas então foi aí que ele disse que eu poderia ficar lá só na sexta e no sábado, pra dar um apoio nos ensaios, ou cobrir o papel de alguem que não estivesse lá na hora. Bom, eu aceitei, e fui no ensaio da quinta-feira. Eu dei muita risada, e logo me senti confortável no meio daquelas pessoas. O que é estranho, levando em conta a minha dificuldade de me enturmar, e levando mais em conta ainda que a turma do teatro do encontro é vista como uma panelinha, pois dizem que é muito dicifil fazer parte, que é uma turma fechada, e bla bla bla. Mas eu vi que não é nada disso. Bom, mas então, quinta-feira foi bem legal, e eu vi que eu realmente queria fazer parte daquele grupo.

Voltei na sexta-feira, porque eu chamei o Anderson para fazer o encontro de jovens. Quem é Anderson? Bom, ele faz direito com a minha mãe e com o Daniel, e segundo informações, é usuario de drogas, e isso está comprometendo os estudos dele. Dai então tive a ideia de chamá-lo para fazer o encontro, e ele aceitou, porque pensou que eu ia passar o final de semana lá com ele (afinal, diz ele que gosta de mim, e já espalhou pra metade da faculdade que somos namorados, haha). Bom, depois que conversei com ele, e abandonei ele lá na frente, passei umas boas horas conversando com o Kaique, o qual tinha ido à igreja pra ver um ensaio do teatro, já que eu havia convidado-o. Só que o papo estava tão bom, que o povo do teatro sumiu, e a gente ficou lá. Até... bom... até tarde.

Dai no sábado, acordei cedo, e fui para o crisma. Finalmente estou fazendo crisma, afinal, estou enrolando há anos, porque sempre quero alguém pra fazer comigo e nunca encontro. Foi ai então que chamei o Kaique, que pra minha surpresa aceitou o convite, e então estamos oficialmente fazendo crisma. Mas depois do crisma, ele foi trabalhar, e eu fui para a equipe de teatro. Foi bem legal, estavam lá o Daniel, a Jéssica, o Elvis, o Rafa, o Wesley, o Saroba, o Rogério, a Paulinha, a Mirella, a Vânia, e mais algumas pessoas que não me recordo o nome agora. A sala do teatro era uma zona só. Tinha figurino pra tudo quanto era lado, um único colchão, maquiagem e um monte de tralha num quartinho pequeno. Mas tenho que assumir que no fundo era aconchegante. Cheguei, assisti os ensaio, e uma peça. Foi bem, bem legal. Bom, dai então deveríamos fazer uma peça que antecedesse a palestra sobre drogas. A peça era bem forte; falava sobre um garoto que havia morrido, mas ainda estava vagando, e não sabia que tinha morrido, e se deparava com o próprio velório em casa, e via o sofrimento da mãe e da família, sem fazer nada, e enquando isso tem uma conversa com o diabo. Ele ainda tenta salvar a sua alma, mas não consegue, então a morte vem e finalmente leva ele. Ele morre porque comprou drogas, e não pagou, então foi assassinado. Era uma peça séria, forte, pesada. E tivemos apenas meia hora para ensaiá-la. Mas claro que eu só estava ajudando o povo pegar o texto e tal. Até que, faltando 10 mim para entrar em cena, eu fico sabendo que eu vou entrar, e vou ser a mãe do garoto que morreu. Eu não tinha falas, mas eu tinha que chorar, chorar de verdade, como se meu filho tivesse morrido, eu tinha que me desesperar, sei lá. Ainda mais eu, que tenho aversão à velorios e enterros. Nunca fui em um. Mas lá estava eu, tentando entrar no personagem. Fizemos uma oração, e quando eu percebi, já estavam mandando eu entrar. Modéstia a parte, eu fui bem. Muito bem. A cena que eu entrava, entrava apenas eu e o irmão do falecido, meu outro filho. Eu chorei, chorei alto, me desesperei, eu gritava “meu filho não, meu filho não”. E passei o resto da peça em cena, e chorando. Fiquei até com dor de cabeça por ficar forçando choro, mas foi legal, valeu a pena. Depois disso, o grupo todo foi para a capela, porque a peça foi muito forte, e mexeu com todo mundo. Ficamos lá durante um bom tempo, mais de uma hora, cada um falando sobre seus problemas, cantando e rezando. Foi ótimo.

Depois disso, tiramos um cochilo no quarto da zona. Depois fui para a vigília, dançar e pular um pouco. Depois teve adoração ao Santíssimo. Depois, finalmente, quase meia noite, eu fui para casa.

Tudo isso para estar domingo 7h da manhã lá na igreja de novo. Eu fui me arrastando de cansaço, e ficava cada vez mais cansada só de lembrar que eu teria ainda teatro no Tal & Pá naquele dia. Mas tudo bem. Fui com o Kaique na missa das 9h, depois fui buscar uma carta de homenagem para o Anderson na casa dele, depois voltei pra igreja pra entregar, depois fui almoçar, depois eu e o Kaique ficamos na pracinha perto da minha casa vendo criancinhas correndo e brincando. E gritando. Até a hora do teatro. Aproveitamos um pouco do tempo pra dar uma lida no texto do teatro. Depois fomos pro teatro, mas o que aconteceu lá fica para outro post, já que esse já está imenso. Mas pelo menos eu sei que essa semana não vou ficar toda dolorida por causa do teatro, mas em compensação, não foi fácil subir naquele palco para fazer aqueles testes. Não foi nem um pouco fácil. Meu coração pulava na garganta de tanto nervosismo. Eu não sei mesmo qual é o meu problema, porque eu ainda insisto em fazer teatro, se eu quase MORRO fazendo. Não entendo.

Mas eu gosto, e gosto muito.

E então, depois de voltar do teatro, fui pra casa, tomei um merecido banho demorado, e capotei.

Isso pra 7h da manha de hoje estar trabalhando. Que legal.

Mas meu final de semana foi legal. E o post ficou imenso, isso porque eu omiti DIVERSAS coisas.

Se alguém ler comenta, pra eu saber só.

Um beijo.

Anna

1 comentários:

. disse...

quero ler sobre o tal e pá =3

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