quarta-feira, 7 de abril de 2010

Decisão. Profissão. Futuro.

É muito engraçado como em 17 anos a gente pode mudar tanto de opnião.
'O que você quer ser quando crescer?'
Eu ja quis ser cantora, atriz, desenhista, fotógrafa, dançarina, veterinária. Até os 12 anos.
Depois quis ser produtora, professora, empresária. Até os 13 anos.
Logo pensei que havia decidido tudo, que faria Tradução e Interpretação. Isso com 14.
Mas ai mudei de idéia. Faria jornalismo. Sim, eu tinha encontrado o meu eu, o meu hobby em uma profissão.
Aos 15 anos, no Segundo Ano do Ensimo Médio, pensei que havia encontrado a solução dos meus problemas.
Mas, como a vida é muito injusta, fui obrigada a olhar para essa minha querida profissão com um olhar mais crítico, com um olhar futurista, onde eu deveria visar mercado de trabalho e toda a parte financeira que estaria envolvida.
E isso não foi legal, não mesmo. Mas logo encontrei outra coisa que me chamou muita atenção, pois naquele momento, aos 16 anos, no último ano do colégio, eu estava sendo mundo pressionada por uma decisão, e persuadida a fazer Direito, assim como grande parte da minha família. Mas nunca havia sonhado em ser Advogada nem nada, então falei que nem cogitaria a idéia. O que eu encontrei era algo que envolvia sim Direito, mas também englobaria meu inglês; Relações Internacionais. Bom um bom tempo, RI foi minha vida. Pesquisei muito, e vi que não existem muitas faculdade particulares boas de RI. E as boas, são bem caras! E USP, só com muito esforço e muito cursinho! A nota de corte é a segunda maior, perdendo apenas pra medicina. E eu como uma boa pessoa que não gosta de estudar e que não estudou no melhor colégio de São Paulo, não passaria, sem dúvida alguma. Então decidi que faria UNESP, já que é mais fácil de entrar, mas matérias de maior peso são aquelas que tenho mais facilidade. Estava tudo certo.
Exceto por um detalhe.
RI na UNESP é em Franca, ou Marília.
Ou seja, uma boas horas da Capital.
O que resultou na proibição por parte dos meus pais. Tudo bem, eu até entendo, não deve ser fácil ver uma filha de 16 anos falando que vai morar sozinha no interior de São Paulo pra estudar nos próximos 4 anos. Então, com essa vetação, desisti de RI.
Na verdade, nessa altura do campeonato estava querendo desistir da vida já.
Tentei voltar atras de Jornalismo, afinal, aquilo nasceu dentro de mim, e ainda vive, até hoje.
Mas com aquela coisa toda de que pra ser jornalista não é mais necessario ter graduação em jornalismo, eu desanimei mais ainda.
Então, comecei a cogitar a idéia de fazer Direito. É o sonho do meu pai - talvez pra continuar com as coisas dele. E minha mãe está terminado a faculdade de Direito também, o que me fez ir assistir algumas aulas...
Logo cheguei a conclusão que Direito é legal. Não é maravilhoso. Não é o sonho da minha vida.
Mas é algo que eu tenho facilidade de entender. Algo que já estou no meio, que já trabalho. E é algo que da dinheiro. É algo que mesmo que empresa alguma me queira, posso ser autônoma.
E, por esta razão, e pela persuação dos meus pais, e por falta de opção plausível, é o que eu vou fazer.
E eu me sinto péssima com isso. Quando falo pras pessoas essa história toda, todo mundo fala pra eu não fazer isso, que eu vou me arrepender depois.
Acho que assim, eu iria me arrepender sim, se estivesse sendo forçada a fazer Engenharia, ou Medicina. Coisas que eu não gosto e não tenho afinidade. Mas Direito é legal, apesar de não ser meu sonho.
Porque, afinal, meu sonho é ser escritora.
E não existe faculdade para essa profissão.
Por isso vou fazer mesmo Direito; vou seguir a carreira e ganhar dinheiro pra fazer a minha faculdade de Jornalismo como hobby, para fazer curso de fotografia, e pra publicar meus livros - porque afinal no Brasil, sem dinheiro, você não consegue se publicar.
Mas é isso. Cansei já de ficar me explicando e as pessoas falando que eu sou louca.
O máximo que pode acontecer é eu desistir no meio do curso.
Quanta gente não passa por isso?

1 comentários:

Viagens minhas, disse...

Anna. Nossa. Me identifiquei, muito, com o seu post. Creio que a grande maioria dos jovens preocupados com o futuro pensaram e passaram pelo mesmo que você. Hm fiquei curioso assim que comecei a ler pra ver, afinal, o que você escolheria. Não acho que seja uma opção ruim. Pois, como disse, tem facilidade em aprender e tem contatos que podem te encaixar facilmente no mercado de trabalho e não deve ser ruim, como seria medicina, tenho pavor só de pensar na ideia. rs.
Como você escreveu pra mim hoje, torço muito pra que vc faça e seja muito feliz. Vai dar tudo certo. E creio que não será uma daquelas que desistem no meio do percurso. A sua ideia de se formar em direito, fazer jornalismo por hobby e escrever livros é maravilhosa, se vc seguir esse planejamento, dará tudo certo sim.

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