segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Liberte Meu Coração (Livro)

Se você leu os livros da série "O Diário da Princesa" da minha queridíssima Meg Cabot, você definitivamente precisa ler este livro. Esta série, com seus maravilhosos 10 volumes, me fizeram companhia por muitos anos, o Ensino Médio inteiro - o mesmo período que Amélia Thermopolis (ou princesa Mia) escreveu seus diários.
E minha amiga princesa Mia sempre apresentou sua vocação para escrever romances, e em seus diários mencionava que estava escrevendo seu livro.
Parece confuso que uma personagem de um livro escreva um livro, mas é exatamente isso. Obrigada Meg Cabot, por fazer isso por nós, leitores.


Liberte Meu Coração é o romance escrito pela Princesa da Genovia, e tem como protagonista Finnula, a caçula de seis irmãs e um irmão na Inglaterra do século XIII. Enquanto suas irmãs se contentam em fofocar sobre maridos, crianças e afazeres domésticos, Finnula é alvo de comentários maldosos de toda a vila por caçar nos terrenos do conde e por andar por aí em calças de couro justas! 

Mas de repente Finnula se vê envolvida numa complicação sem tamanho... Uma de suas irmãs acabou com o seu dote comprando vestidos e bugigangas, e a única forma em que as duas conseguem pensar para recuperar esse dinheiro é muito pouco usual... Sequestrar um lorde ou um cavaleiro rico que possa pagar um resgate! 


O que ela não esperava é que esse sequestro fosse criar mais problemas do que soluções: o cavaleiro recém-chegado das Cruzadas que é escolhido por Finnula vai acabar se mostrando alguém muito diferente do esperado, e a moça pode acabar tendo que abrir mão do resgate... e de seu coração.


Gostei muito, muito mesmo do enredo. Bizarríssimo Finnula ser reprimida por usar calças ao invés de longos vestidos que escondessem suas pernas e tornozelos.


Sem contar os detalhes da cultura da época em que a história se passa.
 Riqueza de detalhes.

Indico esse livro. De verdade!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fotógrafo da multidão nua - Spencer Tunick.


Desde 1992, Spencer Tunick viaja o mundo fotografando pessoas despidas em público. México, Israel, Irlanda, Venezuela, Índia, França e mais um bucado de países fizeram parte do seu projeto, que no Brasil, teve o Parque Ibirapuera em São Paulo como cenário. Em cada cidade, Tunick escolhe um local, que pode ser urbano ou repleto de natureza, e nele cria uma instalação com os corpos nus de seus voluntários. Por mais polêmico que o seu trabalho possa parecer, Spencer não tem problemas em conseguir pessoas dispostas a tirar suas roupas e serem fotografadas. No México, por exemplo, 18 mil pessoas se inscreveram para posar e participar dos vídeos que Spencer faz e exibe junto com as fotos em suas exposições. Algumas de suas instalações acabam misturando arte com protesto, como a foto que fez em 2007 junto com ativistas do Greenpeace na maior geleira européia para mostrar a relação do ser humano com o clima e uma foto de 2011 feita no Mar Morto, com o intuito de retratar as condições precárias de cuidado do local. O corpo nu, as belas paisagens, o número sempre crescente de pessoas fotografadas, as notícias que seu trabalho geram… tudo isso faz de Tunick um dos artistas mais falados da fotografia contemporânea. Mesmo trabalhando no mesmo projeto há 20 anos, ele consegue se renovar e criar imagens memoráveis por onde quer que passe. Dificilmente a obra de Spencer Tunick passaria despercebida!





Spencer Tunick tira fotos de homens e mulheres despidos, intitulando sua obra como massa humana, já atuou em praticamente todo o mundo civilizado. Entre suas passagens pelo Canadá, Suíça, Alemanha, Rússia, Itália, Irlanda, República Tcheca, Austrália, Japão, Antártica, África do Sul e Holanda, ele já fotografou milhares de pessoas nuas pelas ruas. Em Melbourne, na Austrália, obteve o maior número de colaboradores: 4.500 pessoas. Veja na próxima página uma pequena amostra dos seus trabalhos realizados pelo mundo.


Spencer Tunick já teve vários conflitos com a polícia de Nova Iorque, que chegou a prendê-lo, por ter feito posar modelos (às vezes dezenas) completamente nus pelas ruas da "Big Apple".



O fotógrafo foi à Justiça, alegando o direito à livre expressão, e um juiz da Corte Federal de Manhattan considerou que deveria ser pago a quantia de 33.000 dólares para assim reembolsá-lo dos gastos judiciais.



No Brasil, em abril de 2002m, 1.500 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo norte-americano Spencer Tunick no parque do Ibirapuera, em São Paulo, e se transformaram numa imensa escultura humana para as lentes do fotógrafo. A Na noite anterior ao ensaio fotográfico, os inscritos para participar do evento chegavam a 1,8 mil, de acordo com dados da assessoria de imprensa da Fundação Bienal.



Spencer afirmou que o "Nude Adrist", no Parque do Ibirapuera, reuniu quatro vezes mais pessoas que qualquer outro realizado por ele na Europa, onde fotografou. Foi também o maior público em países da América do Sul. Tunick disse que esperava no máximo 700 pessoas para o evento em São Paulo. Ele se surpreendeu com as 1.200 pessoas que compareceram ao Parque do Ibirapuera a partir das 5h deste sábado. - Foi uma experiência inacreditável, que se renova em cada lugar que eu passo. Trabalho com corpos de qualquer tamanho ou forma. E a massa de corpos para mim significa a vida. É uma explosão de vida e não a representação da morte, como algumas pessoas costumam ver (relacionando a imagem com campos de concentração nazistas) - declarou. Rení Tognoni, do GloboNews.com.



"Acho que as pessoas querem fazer algo diferente com seus corpos, usá-los como objetos de arte, como parte de uma escultura", disse Tunick. "É uma experiência libertadora".

"São catástrofes que podem deixar milhares de pessoas sem roupas. Há muitas maneiras de ver uma massa de corpos como a expressão da morte, mas eu prefiro interpretar como a vida. Meu trabalho é uma celebração à vida".